"(...) Carlos Marighella foi abatido pelas forças de repressão da ditadura. Naquele momento elas não mataram apenas o militante intemerato de uma organização de luta, mas um líder que encarnava as aspirações de liberdade e justiça do povo brasileiro.

Os que assumem a grave responsabilidade de combater pelo interesse de todos tornam-se símbolos e constituem patrimônio coletivo. Carlos Marighella deu a vida pelos oprimidos, os excluídos, os sedentos de justiça. Ao fazê-lo, transcendeu a sua própria opção partidária e se projetou na posteridade como voz dos que não se conformam com a iniqüidade social."

Antonio Candido


Assassinado há 40 anos, situa-se entre aqueles que escreveram as mais importantes páginas da história de lutas do povo brasileiro: Zumbi, Sepé Tiaraju, Felipe dos Santos, Tiradentes, Cipriano Barata, Frei Caneca, Bento Gonçalves, Angelim, Antônio Conselheiro, o "monge" João Maria, Luiz Carlos Prestes, Francisco Julião, Leonel Brizola, Gregório Bezerra, Darcy Ribeiro e tantos outros. São nomes que ainda não saíram das sombras a que a elite insiste em relegar a nossa história. Trinta anos depois de morto, ele prossegue desafiando a generosidade dos vivos, e apontando, para o nosso país, um caminho de futuro, onde todos tenham saúde, educação, trabalho e moradia.

"É preciso não ter medo, é preciso ter coragem de dizer"
Marighella

PRAÇA MARIGHELLA (ex-Praça Floriano), Cinelândia,

VIVA MARIGHELLA !
Há exatos 40 anos foi covardemente executado pelo estado terrorista que se
impôs à força no Brasil, em uma emboscada em São Paulo, um herói do povo
brasileiro: Carlos Marighella.
Aqui celebramos sua vida de luta, nesta praça que também é do povo.
Lembramos dele, batalhador incansável dos ideais de justiça social, da liberdade,
solidariedade e fraternidade. Marighella lutava para que não houvesse mais fome e injustiça entre os brasileiros.
Seus poemas e textos, que estão sendo lidos neste lugar, afirmam sua luta de
ontem e de hoje, ao lado de Joaquim Câmara Ferreira, Davi Capistrano, Mário
Alves, Lincoln Oest, Carlos Lamarca, Margarida Alves, Iuri Xavier Pereira,
Eduardo Leite, Ana Maria Nacinovic e centenas de outros combatentes que foram
seqüestrados, torturados e ‘desaparecidos’ pela ditadura de 1964-85. Pelas
mesmas forças que atualmente são contra os direitos populares, que tratam os
movimentos sociais como criminosos e que perseguem quem luta por direitos
humanos. Aqueles que não abrem todos os arquivos da ditadura e que continuam
a tolerar - e mesmo a estimular - a prática das torturas, para conservar
privilégios de minorias.
Para que nunca mais a violência dos opressores seja nutrida pela impunidade!
CARLOS MARIGHELLA, HERÓI DO POVO BRASILEIRO,
está vivo na nossa memória e nas nossas lutas.
PRAÇA MARIGHELLA (ex-Praça Floriano), Cinelândia,
Centro da Cidade do Rio de Janeiro, em 4 de novembro de 2009.

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